sábado, 30 de junho de 2007

PEDI UMA FRANJA E GANHEI UM TOLDO


Não sei se você é assim, mas eu sinto necessidade de
mudar com certa freqüência. E para mim uma transformação sempre leva à outra. Funciona assim: agora eu estou mudando de estágio, então preciso alterar algo no meu estilo. Quando eu mudo alguma coisa me dou uma nova oportunidade de ser diferente.

Pensando nisso, na sexta-feira passada um pensamento me acometeu:

NOVO ESTÁGIO=NOVO CORTE DE CABELO.

O que fazer de diferente? Já tive cabelo cor-de-rosa, verde, loiro (sim, eu já fui loira e quero deletar essa parte da minha vida para sempre). Bem, mudar a cor não seria novidade para mim.

E quanto a mudar o corte? Já tive cabelo longo, com canecaloon
(aquelas trançinhas), já tive cabelo médio, curto, chanel, raspado.... Eu
matutava e matutava, e a solução parecia estar cada vez mais longe. Até que: Bingo! Pedi à cabeleireira para que fizesse algo que nunca havia feito antes: uma franja.

A moça deu uma repicadinha atrás, foi cortando, cortando, e na hora da franja, quando a tesoura fez aquele ‘téc’, eu confesso ter ficado um pouco tensa, mas é assim mesmo, mudanças sempre geram um friozinho na barriga.

Ela pegou o secador, e escova vai, escova vem, até que: Tchã nãn nãn nããããn!!!! Eu descobri que ao invés de franja havia um toldo sobre a minha testa. Acho que a minha feição de desapontamento foi tão grande que imediatamente ela começou a pentear frenéticamente aquilo que ela
chamava de franja recomeçando todo o ritual de escova para lá, escova para cá...

Essa situação se prolongou por uns 30 minutos, tempo este equivalente a
1/3 do tempo total de uma escova no cabelo inteiro. Tudo isso para
conseguir dar um ‘jeitinho’ no meu novo acessório de série: um belíssimo
toldo facial.


Agora que já faz três dias que estou com o meu novo visual já estou me acostumando, mas a mudança foi tão grande que mereceu até post.

Pedir uma franja e ganhar um toldo: Isso sim é levar gato por
lebre!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

MARKETING PESSOAL




Chato ou não, vou sim, fazer propaganda do meu produto. O meu blog, esse mesmo que você lê agora, foi citado no blog da TPM (Trip para Mulheres). É claro que fiquei mega orgulhosa. É uma revista com a qual eu me identifico desde sempre, e ser elogiada por quem você admira é sempre muito bom, aliás, ‘muito ótimo’.

Eu nem pensava que esse blog iria 'emplacar', e com pouco mais de quatro meses de existência ele já conta com mais de 25 mil acessos, isso porque eu não sou garota de programa, professora ou jornalista xarope, egocêntrica e aparecida.
Com poucos comentários escritos sobre os posts, mas com muitos elogios e críticas construtivas sempre dadas pessoalmente, esse é o meu primeiro trabalho independente. O BMNO (Bonitinha, mas Nada Ordinária) conta com total liberdade editorial, não tem editor para corrigir meus textos e nem revisor para ‘catar’ possíveis erros ortográficos (sim, eu erro, e daí?).

Não escrevo por obrigação, e sim por prazer ou por necessidade pessoal. Isso nos casos de desabafos vide textos: Ficar ficou difícil, Promovida à Cliente, Situações Constrangedoras do dia-a-dia Parte 1 e 2, entre outros. Escrevo justamente pelo fato de não ser obrigatório e por essa ser agora uma extensão da casa da minha imaginação.

Vou manter esse local de desabafos, de reclamações, de polêmicas, e porque não, de marketing pessoal?

Recomendo, faça o seu blog!!!

Ah, já ia me esquecendo de passar o link:
http://revistatpm. uol.com.br/ blog/?materia= 828.




sexta-feira, 15 de junho de 2007

TEST DRIVE PARA NAMORO



Há um tempo atrás, mais precisamente falando, na época da minha mãe, era mais fácil começar a namorar. O rapaz pedia aos pais da moça para que pudesse cortejá-la. Você deve estar estranhando eu escrever isso, afinal, onde estava a liberdade das moçoilas? Mas vamos analisar as coisas hoje?

Nós, mulheres para casar, (mas não agora), quando queremos namorar alguém, temos que nos submeter a um test-drive. Ficamos com o ‘moçoilo’ sem nenhum comprometimento, para ver se nos damos bem. Aliás, essa é a desculpa usada por nós para não termos que assumir que somos ‘usadinhas’ por um tempo. E se o namoro não ‘engata’, cada um vai para o seu lado. O beneficiário já teve o que quis e você fica na mão, acreditando que poderia ter virado um relacionamento bacana.

Os homens estão em uma posição muito cômoda. Há uma situação que ilustra bem o caso. Ao ser interpelada pelo vendedor de uma loja você solta essa: “Só estou dando uma olhadinha sem compromisso”. É a isso que nós nos submetemos, e ainda achamos legal.

Antigamente, essa fase, que hoje é chamada de ficar, fazia parte do namoro. Conhecer o parceiro era parte da experiência. Agora o argumento é que nós precisamos nos conhecer antes de namorar. Bom para os homens que diversificam raças, biótipos e intelectos ‘a la vonté’, e para as mulheres que não querem realmente se comprometer. Nada contra. Mas usar o termo “se conhecer” para se livrar de um possível compromisso... Aí é dose. Mas afinal, quem quer namorar um bundão que tem medo de viver? Sei lá!

Voltando à pergunta do primeiro parágrafo: Onde está a liberdade das moçoilas? Está servindo mais para elas próprias ou para os homens? Liberdade de se submeter ao test-drive? Para quê isso? Para mim chega! Vou ser diferente. Posso sim, até ficar de vez em quando. É bom dar uns beijinhos sem compromisso, só não é legal fazer disso uma rotina, ainda mais se essa favorecer somente ao outro...

Não fico mais, a não ser que o cara seja lindo como o Keanu Reeves, charmoso como o Sean Connery e inteligente como o Arnaldo Jabor. Fácil?


Liberdade sim, mas libertinagem não. Pelo menos não com a mulher maravilha aqui!!!


Eu me amo e sou correspondida!

sexta-feira, 8 de junho de 2007

VIDA DE ESTAGIÁRIA. PARTE 1.


Quatro calças jeans, meia dúzia de blusinhas, duas jaquetas, três blusas de frio, dois pares de botas, um MP3. Uma bolsa grande onde caiba tudo isso e mais um livro, a blusa, que geralmente vira bagagem no meio do dia, uma necessarie e um celular. Esse é o quite de sobrevivência da estagiária de jornalismo que vos escreve.

O dia começa cedo, ás 5h00. Levo uma hora para jogar os cobertores de forma mais ou menos organizada dentro do baú, beber um café com leite quente, comer um pão na chapa e me vestir. Essa ultima parte, aliás, é a mais rápida. Afinal, são poucas as opções no armário...
O fretado me pega na esquina de casa às 5h50. Durmo durante as quase duas horas de viagem. Ao descer do ônibus ligo o meu MP3, geralmente em uma música agitada, para chegar acordada e animada no estágio.

Sou caxias, chego sempre antes de todos. Mas não é de graça. Também não sou tão certinha assim (vide nome do blog). Chegar mais cedo me dá a liberdade de checar meus e-mails, dar uma 'zapeada' na net e ler os jornais em paz.
Releases, follows, e agendamentos de entrevistas, patadas da chefe e dos clientes se sucedem durante as oito horas em que lá permaneço. Ao término do expediente saio correndo para o ponto onde o fretado me pega. Mais duas horas (se não tiver trânsito) em direção à faculdade.

Depois de um mês de tudo isso eu recebo a recompensa, que é mais intelectual do que financeira, é lógico. O dinheiro do pagamento nem mesmo passa pela mão da “dura” aqui. Ele só é transferido do banco para os credores.

É inglês, é cartão de crédito, é gasolina que racho com a carona... Não sobra nada, mas nada mesmo. Aliás, até falta. Aquela bota, aquela calça, o cinema semanal que, com essa dureza toda, passará a ser quinzenal, ou até mensal; o show, o teatro... Pôxa vida, só em pensar da uma tristeza...
Mas beleza. Como diria o ‘grande’ Nelson Ned, "Tudo passa, tudo passará!" E eu estou aproveitando a fase. Já notei que aprendo mais com as dificuldades do que com as facilidades, com os erros do que com os acertos. Não sei se isso é bom, mas...

Com certeza, essa experiência profissional e todos os percalços a ela relacionados, incluindo o baixo salário, a pouca habilidade na nova tarefa, a distância de trajeto, entre outras coisas, fazem parte de um grande apanhado de lições que eu vou levar pela vida inteira.

Na facul, outras pressões e novas dores de cabeça. Trabalhos que geralmente dependem de outras pessoas para se concluirem, coisas que parecem não dar certo... Putz! É sacal! Mas no fim, a lei de Murphy e a tropa de elite dos anjos da guarda conspiram a meu favor. É incrível como, de uma forma ou de outra, tudo acaba se acertando.

Volto para casa, tomo banho, troco umas palavras com a mamãe e com o brother e vou dormir cansada, pensando no que não tive tempo de fazer hoje, no que terei que fazer amanhã, nas atividades da facul, no blog (já notou o grande intervalo de tempo entre a última postagem e hoje?). E mais: Como encaixar o que eu não fiz hoje na rotina de amanhã, a próxima empreitada na carreira (esse estágio é só o começo), em como não enlouquecer...
Enfim, não vejo a hora de terminar essa faculdade. Mas olhe só que estranho: No meio do ano que vem vou me preparar para o vestibular. Sim, de novo! Agora vou estudar psicologia. Não é gozado? Eu não vejo a hora de me livrar dessa faculdade para entrar em outra.

Acho que meu problema, ou minha virtude (depende do ponto de vista) é alimentar uma ânsia muito grande por viver situações novas. Às vezes me sinto culpada, achando que poderia curtir mais intensamente o momento. Mas o meu otimismo exacerbado sempre me faz pensar que o melhor ainda está por vir.
Eu definiria o meu momento assim: eu amo a minha vida e amo viver. Mas eu quero mais!!! Assim o conflito interno fica mais ameno...