terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

AS APARÊNCIAS ENGANAM, E INTIMIDAM!


Mais uma tentativa. Se dará certo só os próximos encontros dirão, se houver, inclusive. No domingo passado me dei mais uma chance de tentar. Estou incorporando a filosofia FabioJúniorística de viver. O cantor afirma que o amor é feito de degraus que nós vamos subindo, um a um, a caminho do amor-perfeito. Se existe amor-perfeito, eu não sei. Aliás, eu não sou a Xuxa para sonhar com príncipe encantado, se bem que o Luciano Szafir...

Mas como eu ia dizendo, mais uma tentativa, mas essa cheia de descobertas interessantes no aspecto comportamental e biológico. Desta feita saí com um rapaz q foi o primeiro trainee negro de uma das maiores indústrias automobilísticas alemãs. Quatro meses mais novo do que eu, fez MBA, está fazendo pós da GV, é poliglota, enfim, ele é “o cara”! Nessas horas vejo que o relógio da minha vida funciona diferente da dos demais... anyway... 

Continuando, além de tudo isso ele é um lord inglês. Levou-me para almoçar em um restaurantetailandês charmosíssimo na Vila Madoca. Papo muito bom, como não poderia deixar de ser, mas também intrigante. Naquele vai e vem sobre atitudes masculinas e atitudes femininas, homem VS mulher, ele me disse que eu transmitia a imagem de uma mulher muito séria (séria, neste caso, leia-se sisuda), o que eu realmente não sou. Mas o estranho é que eu já ouvi isso outras vezes, mas agora eu fiquei preocupada. Eu vejo no espelho uma das pessoas mais bem-humoradas que conheço (exceto quando estou com sono, fome ou na TPM) e falo com todo mundo, sou super aberta. Preocupante. Qual é a imagem que eu vendo para as pessoas? 

Outra observação bem interessante: certa vez um amigo havia pedido para que, em uma balada qualquer, ele observasse as mulheres pequenas e as mulheres mais altas, aquelas no estilo mulherão. A conclusão do ‘estudo de caso’ foi que as mulheres baixinhas estavam quase sempre acompanhadas e eram mais cobiçadas do que as mais altas, ainda que as do segundo grupo fossem mais bonitas.

Lembrei-me do que um amigo havia me dito ao ver uma garota de + ou – 1,80 de altura: “Mulheres têm que ser mais baixinhas, porque se não for assim eu não sinto que posso protegê-las”. Não, não ria, pelo menos agora. Respeitemos as opiniões alheias, o caso é sério! Voltando ao ponto, parece bobo, aliás, é bobo, mas há uma explicação biológica para isso: as mulheres mais baixinhas são mais cobiçadas porque os homens, biologicamente falando, sentem a necessidade de proteger, portanto os mulherõesos intimidam. Touchè! A minha próxima faculdade vai ser psicologia! Só para constar, eu tenho 1,68, e peso 60kg, mas todo mundo chuta que eu tenho pelo menos 1,74, sei lá por que... Primeiro o menino me chamou de sisuda e depois vem com essa... 

Depois de do 'bonita' ele teceu elogios no mínimo diferentes do tipo 'misteriosa', 'mulher de estilo raro' e 'diferente do convencional', e ainda me disse que eu tenho personalidade forte. Uia! Isso depois de eu ter contado que eu saio sozinha para ir a teatros, cinemas e até para comer. Lembrei-me então de uma amiga que me disse certa vez que eu transmitia uma imagem muito independente e que isso afastava os homens. What fuck??? Mas eu sou assim, ? Eu gosto de ser assim. Fora as associações que fazem sobre as mulheres fortes dizendo que elas são gays...

O arremate final ficou por conta do: “Você transmite uma imagem de uma mulher tão independente que eu não consigo imaginá-la sendo mãe, por exemplo”. Pombas! Eu quero sim casar e ter filhos, aliás, entre as minhas amigas eu acho, sinceramente, que estou entre as mais maternais apesar da imagem de guerrilheira das FARC que pareço transmitir. 

Anyway, recuso-me a me travestir de menininha meiguinha e tonta para satisfazer o ego de algum homem fraco, e me recuso a ser controlada por alguém que não seja Deus e eu mesma. Já sou maior de idade e não tem nada a ver deixar de ser controlada pela mãe para ser controlada por marido ou quem quer que seja, e principalmente, recuso-me a atuar como figurante para não ferir o ego de alguém q não quer dividir holofotes. 

Eu é que não quero me relacionar com homens fracos, e muito menos formar uma família com um deles! Aff, ninguém merece! Não criarei meus filhos, principalmente minhas filhas para acreditar em casamento como negócio rentável financeiramente e nem tão pouco como “encosto emocional”. 

Ela vai acreditar no amor, vai subir alguns degraus até encontrar a pessoa certa que na verdade vai ser a errada, porque as pessoas certas devem ser 'chatas pra dedéu'! E no meio do caminho viverá intensamente para se tornar uma mulher forte, interessante e vai se casar com o homem que se difere da massa porque acredita na força da mulher e a admira por isso além de não a invejar ou temer, porque ele é suficientemente forte para admitir que a mulher pode sim dividir o brilho e que, na verdade, no amor o interessante não é o ganho, mas sim o empate e sempre em uma corrida empolgante! Bem, é isso. 

No mais, acho que posso estar no caminho certo. Esse rapaz falou tudo isso com ar de admiração. Acho que ele é um desses homens que querem disputar a corrida e chegar junto. Como diria a minha amigaAline, será que ele me laça?