domingo, 26 de abril de 2009

MAS QUE COISA, QUANTO MAIS EU REZO, MAIS FASTASMAS APARECEM!!





Há um tempinho atrás eu estava no aniversário de uma amiga em um bar perto da Paulista. Amo aquele lugar, e em boa companhia então... Bem, bar é um ambiente propício à paquera, mas eu realmente estava lá para curtir com a galera da facul, pessoas que eu simplesmente amo!

Havia um cara bebendo com um amigo, e ele começou a olhar, e olhava, e olhava... Entramos porque começara a chover. E quem vem lá de longe? Ele mesmo. Sentou-se em um canto com o tal amigo e continuou com os olhares furtivos.

Era uma segunda-feira e como havia muita semana pela frente, às 22hs dividimos a conta e quando nos dirigíamos ao caixa eu senti umas mãos na minha cintura. Era o tal. Eu tenho reações estranhas quando fico nervosa, mas a predominante é a crise de riso. A minha galera começou a me aloprar e tirar fotos por enquanto o cara vinha na ladaínha idiota “Você não vai me dar o seu telefone?” com aquela cara de galã de cidade de interior... 

Oh, my!

A minha vontade era dar uma joelhada no saco dele _eu disse que tenho reações estranhas quando estou nervosa_, porque além de ser um pouco tímida (embora não pareça) eu detesto quando uma pessoa que eu não conheço toma esse tipo de liberdade. Detesto mesmo, não sei o que acontece comigo, mas eu simplesmente odeio gente que chega ‘pegando’. Aff...

Mas foi uma situação tão atordoante, mas tão atordoante... Ele pegando na minha cintura, eu soltando a mão dele, eu olhando para a galera que ria e tirava fotos e tentando me soltar daquilo que parecia mais uma lula com mil tentáculos do que um homem... Por fim o cara conseguiu o meu celular fácil, fácil... Tudo bem, era só um celular. Era só eu desligar e pronto.

Depois de uns dez minutos de encenação teatral da cantada e muitas gargalhadas (inclusive minhas, porque esse pessoal da facul é realmente muito engraçado e criativo) chegamos ao metrô. Estávamos conversando, e não mais que de repente alguém invade a roda. Era ele! Siiiiiiim, o cara tinha todas as estações, todos os vagões e trens do mundo, mas ele entrou na minha estação, no meu trem e no meu vagão e invadiu a minha roda de amigos! Oh shit!

CILADA!

Bem, esse era um sinal, ou o cara era persistente, sei lá. Fato é que ele chegou, ‘tomou de assalto’ (como diz o meu amigo Brunão Oliveira) e simplesmente invadiu a roda de conversa com um pulo. Ele deve ser fã do Homem-Aranha. É claro que os meus amigos se distanciaram e mais uma vez eu fiquei numa saia justa. Primeiro porque o cara queria que eu justificasse o fato de meus amigos terem se afastado (say what???) e depois porque ele veio com umas idéias meio fracas do tipo “Você sempre sai às segundas-feiras?". A resposta não foi lá muito gentil “Não, só quando algum amigo faz aniversário”. Réplica clichê: “Eu estou te incomodando?” Tréplica mais clichê ainda: “Não, ‘magina’... 

Salva pelo sinal sonoro do metrô. Ele saiu e o pessoal me aloprando mais ainda... Bem fato é que ele me ligou duas vezes e eu não quis atender mesmo. Acabei de sair de uma paixão não correspondida que mexeu bastante comigo e não quero mesmo me envolver agora. Acho que vou demorar para gostar de alguém... Well, ele continuou insistindo, e como a minha última queixa em relação à ala masculina foi relacionada à falta de atitude, resolvi dar uma chance. Que sabe, né?
 

Bonitinho, mas Ordinário 

Fato é que depois de duas ligações eu vi q o Clark Kent era bonitinho, mas ordinário. Parecia ser bonzinho, mas sem atitude, não para relacionamentos, mas para a vida, o que é pior. Sabe o que significa isso? Aquelas pessoas que passam boa parte da vida fazendo uma coisa da qual não gostam,  querendo várias outras e não indo atrás de nenhuma delas. Cheguei a essa conclusão depois a segunda conversa quando falamos sobre sonhos, gostos e tals.

Depois de relacionar as várias cabeçadas que eu dei até chegar onde estou _no começo da minha vida já que ainda falta muito para chegar onde quero, mas estou a caminho, me aguardem!_ ele relacionou as dele: teve uma banda da qual desistiu (até aí dá até para entender), disse também que trabalha com departamento financeiro, mas que quer mesmo é fazer arquitetura em uma dessas faculdadezinhas fáceis de passar no meio do ano (palavras dele).

Aí eu pude entender porque o nosso papo não fluía. Esse negócio e querer qualquer coisa que seja mais fácil não tá com nada, aliás, gente assim não ta com nada! E vai que ele acha que sou como as coisas da vida dele: só servem as fáceis porque as difíceis dão trabalho...

Depois dessa conversa ele me ligou mais duas vezes e eu não atendi, aí ele enviou um email perguntando se eu não queria falar com ele e não teve resposta. E para bom entendedor meia palavra basta, não? Eu faço parte do ‘ramo difícil da vida’, por isso não sirvo para ele e nem tão pouco ele serve para mim.

Faço minhas as palavras da Amy Whinehouse para essa cara:
No, no, no!