Mais uma tentativa. Se dará certo só os próximos encontros dirão, se houver, inclusive. No domingo passado me dei mais uma chance de tentar. Estou incorporando a filosofia FabioJúniorística de viver. O cantor afirma que o amor é feito de degraus que nós vamos subindo, um a um, a caminho do amor-perfeito. Se existe amor-perfeito, eu não sei. Aliás, eu não sou a Xuxa para sonhar com príncipe encantado, se bem que o Luciano Szafir...
Mas como eu ia dizendo, mais uma tentativa, mas essa cheia de descobertas interessantes no aspecto comportamental e biológico. Desta feita saí com um rapaz q foi o primeiro trainee negro de uma das maiores indústrias automobilísticas alemãs. Quatro meses mais novo do que eu, fez MBA, está fazendo pós da GV, é poliglota, enfim, ele é “o cara”! Nessas horas vejo que o relógio da minha vida funciona diferente da dos demais... anyway...
Continuando, além de tudo isso ele é um lord inglês. Levou-me para almoçar em um restaurantetailandês charmosíssimo na Vila Madoca. Papo muito bom, como não poderia deixar de ser, mas também intrigante. Naquele vai e vem sobre atitudes masculinas e atitudes femininas, homem VS mulher, ele me disse que eu transmitia a imagem de uma mulher muito séria (séria, neste caso, leia-se sisuda), o que eu realmente não sou. Mas o estranho é que eu já ouvi isso outras vezes, mas agora eu fiquei preocupada. Eu vejo no espelho uma das pessoas mais bem-humoradas que conheço (exceto quando estou com sono, fome ou na TPM) e falo com todo mundo, sou super aberta. Preocupante. Qual é a imagem que eu vendo para as pessoas?
Outra observação bem interessante: certa vez um amigo havia pedido para que, em uma balada qualquer, ele observasse as mulheres pequenas e as mulheres mais altas, aquelas no estilo mulherão. A conclusão do ‘estudo de caso’ foi que as mulheres baixinhas estavam quase sempre acompanhadas e eram mais cobiçadas do que as mais altas, ainda que as do segundo grupo fossem mais bonitas.
Lembrei-me do que um amigo havia me dito ao ver uma garota de + ou – 1,80 de altura: “Mulheres têm que ser mais baixinhas, porque se não for assim eu não sinto que posso protegê-las”. Não, não ria, pelo menos agora. Respeitemos as opiniões alheias, o caso é sério! Voltando ao ponto, parece bobo, aliás, é bobo, mas há uma explicação biológica para isso: as mulheres mais baixinhas são mais cobiçadas porque os homens, biologicamente falando, sentem a necessidade de proteger, portanto os mulherõesos intimidam. Touchè! A minha próxima faculdade vai ser psicologia! Só para constar, eu tenho 1,68, e peso 60kg, mas todo mundo chuta que eu tenho pelo menos 1,74, sei lá por que... Primeiro o menino me chamou de sisuda e depois vem com essa...
Depois de do 'bonita' ele teceu elogios no mínimo diferentes do tipo 'misteriosa', 'mulher de estilo raro' e 'diferente do convencional', e ainda me disse que eu tenho personalidade forte. Uia! Isso depois de eu ter contado que eu saio sozinha para ir a teatros, cinemas e até para comer. Lembrei-me então de uma amiga que me disse certa vez que eu transmitia uma imagem muito independente e que isso afastava os homens. What fuck??? Mas eu sou assim, ué? Eu gosto de ser assim. Fora as associações que fazem sobre as mulheres fortes dizendo que elas são gays...
O arremate final ficou por conta do: “Você transmite uma imagem de uma mulher tão independente que eu não consigo imaginá-la sendo mãe, por exemplo”. Pombas! Eu quero sim casar e ter filhos, aliás, entre as minhas amigas eu acho, sinceramente, que estou entre as mais maternais apesar da imagem de guerrilheira das FARC que pareço transmitir.
Anyway, recuso-me a me travestir de menininha meiguinha e tonta para satisfazer o ego de algum homem fraco, e me recuso a ser controlada por alguém que não seja Deus e eu mesma. Já sou maior de idade e não tem nada a ver deixar de ser controlada pela mãe para ser controlada por marido ou quem quer que seja, e principalmente, recuso-me a atuar como figurante para não ferir o ego de alguém q não quer dividir holofotes.
Eu é que não quero me relacionar com homens fracos, e muito menos formar uma família com um deles! Aff, ninguém merece! Não criarei meus filhos, principalmente minhas filhas para acreditar em casamento como negócio rentável financeiramente e nem tão pouco como “encosto emocional”.
Ela vai acreditar no amor, vai subir alguns degraus até encontrar a pessoa certa que na verdade vai ser a errada, porque as pessoas certas devem ser 'chatas pra dedéu'! E no meio do caminho viverá intensamente para se tornar uma mulher forte, interessante e vai se casar com o homem que se difere da massa porque acredita na força da mulher e a admira por isso além de não a invejar ou temer, porque ele é suficientemente forte para admitir que a mulher pode sim dividir o brilho e que, na verdade, no amor o interessante não é o ganho, mas sim o empate e sempre em uma corrida empolgante! Bem, é isso.
No mais, acho que posso estar no caminho certo. Esse rapaz falou tudo isso com ar de admiração. Acho que ele é um desses homens que querem disputar a corrida e chegar junto. Como diria a minha amigaAline, será que ele me laça?