quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Já que eu estou sem assunto, vou postar um texto que produzi para a aula de jornalismo econômico

DEVO TER ESCRITO MUUUITAS BESTEIRAS AQUI!!!


“Como explicar o PAC para o seu Zé da Silva, aquele pedreiro que não é ignorante, porém, não entende o caderno de economia dos jornais.”

O PAC, (Programa de Aceleração do Crescimento), é uma estratégia elaborada pelo governo Lula com o objetivo de alavancar o crescimento econômico do Brasil. E para que o plano efetivamente funcione, ministros, economistas, conselheiros, consultores e governo se reuniram para criar e organizar uma série de medidas.
Organizadas em cinco blocos, na sua primeira parte, as medidas do PAC contemplam investimentos em infra-estrutura, estímulo ao crédito e financiamento, melhoria do ambiente de investimento, desoneração tributária e por fim, medidas fiscais de longo prazo.
As medidas prioritárias como o investimento em infra-estrutura e estímulo ao crédito e aos financiamentos vão custear a construção de portos e aeroportos, a manutenção de estradas. A habitação e saneamento também serão áreas contempladas. A intenção é facilitar o transporte de cargas dentro e fora do país, e assim, tornar o comércio mas agil e rentável. E os investimentos em habitação e saneamento vão proporcionar melhora de vida da população. O povo poderá participar do programa nesse estágio, pois cotas do fundo criado para o investimento em infra-estrutura serão vendidas. A moeda corrente para efetuar essa compra é a conta do FGTS do trabalhador. Quem adquirir cotas do Fundo de Investimento em Infra-Estrutura será credor do governo.
Melhorar o ambiente de investimento significa, para os elaboradores do plano, primeiramente, descomplicar projetos de investimento. Depois, aprovar a lei do gás natural que consiste em facilitar a produção, o transporte e regular essa atividade no país. O pacote de medidas visa também reestruturar o sistema de concorrência. Foram propostas a recriação da Sudam, (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), que é uma autarquia responsável pela valorização econômica do Amazonas, e da Sudene, um órgão responsável pela coordenação do desenvolvimento da região nordeste, essa última medida, inclusive, já foi adotada.
Outra medida do PAC é a desoneração tributária, que, em síntese, significa usar a isenção de impostos para atrair investimentos em infra-estrutura. Outros itens serão beneficiados com essa isenção, a TV digital e o computador, sendo que o valor do segundo item não pode ultrapassar os R$ 4 mil para se beneficiar com a isenção.
Por fim, as medidas fiscais de longo prazo. Elas propoem a redução de gastos com folhas de pagamento da União e a agilizam as licitações públicas. Além disso, elas criam um fórum nacional da previdência social para melhorar a gestão desse serviço, instituindo uma previdência complementar para os servidores federais. O salário mínimo deve ser reajustado e um comitê vai ser criado para gerir o PAC.
Financeiramente, podemos observar que o PAC onera mais ao governo do que à iniciativa privada.

Artigo:
O PAC para Adam Smith: Adam Smith, definitivamente, não seria conselheiro do governo Lula.

O governo capta investimento da iniciativa privada, mas investe a maior parte do bolo, quando na verdade, deveria criar mais condições para que as empresas privadas pudessem investir. Desonerando a iniciativa privada, os investimentos da mesma financiariam o PAC do governo, porém, segundo Adam Smith, a economia deve ser uma atividade controlada pelo mercado, que seria o seu regulador, e não o governo. Então, será que no modelo de Smith o PAC existiria? Certamente não.
O assistencialismo impera no PAC. O governo dá o peixe e não ensina a pescar. Os agentes econômicos têm que ser movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento individual. A soma dos desenvolvimentos particulares generaliza a evolução. O liberalismo econômico, corrente que atende melhor a necessidade do capitalismo, pede independência e autonomia. A iniciativa privada do Brasil é adulta e deve ser tratada como tal. Deve ser responsabilizada por seu crescimento. E em decorrência do seu desenvolvimento, o governo deve colher os frutos de um estado organizado economicamente. Esses frutos são os investimentos em infra-estrutura, na logística e na energia, que atenderiam novamente à iniciativa privada como em um círculo vicioso.
Resta-nos agora esperar e crer para ver. Vamos ver o que os nossos adolescentes da iniciativa privada farão com o início de liberdade proporcionada pelo PAC. Afinal, mesmo com o financiamento em maior parte sendo feito pelo governo patriarcal e assistencialista, muitas facilidades foram concedidas aos nossos jovens. Isenção de impostos e a simplificação de algumas burocracias já permitirão ver os primeiros passos de independência da cria do governo.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

COM ESSA CÚMULUS NIMBUS* SOB A MINHA CABEÇA, SE EU FOSSE PEQUENA, A MINHA MÃE ME LEVARIA LOGO PARA BENZER.


Nossa; hoje foi um dia de cão na livraria. Já saí de casa “naquele” mau-humor. O fato de ir trabalhar em pleno sábado, véspera de carnaval, e debaixo de um sol “de rachar”, derrubou o meu astral. Fiquei reclamando o dia inteiro com qualquer um que se aproximasse. Imagine só que hoje eu até falei com pessoas que nem conheço só para poder dar uma reclamadinha.

Qualquer assunto era ponte para o início da minha lamúria. A pessoa perguntava sobre um livro do Jorge Amado e eu já soltava logo: Pois é, se eu não estivesse trabalhando aqui poderia estar lá na terra dele, a Bahia deve estar tudo de bom agora. Outra pessoa comentava inocentemente sobre o calor que estava fazendo e eu já falava que a praia, aquele lugar onde as pessoas devem estar se divertindo à bessa, deve estar ótima.

Todos os clientes que se aproximaram de mim sentiram a minha fúria por perder um sábado de sol vendendo livros. Distribuí sorrisos cínicos, aqueles de canto de boca, com a sobrancelha arqueada, sabe? Nossa, ainda bem que o meu gerente está de férias. Curtindo o carnaval, é lógico.

Mas essa cúmulus nimbus* que pairava sobre a minha cabeça saiu logo que eu cheguei em casa, mas a minha mãe está se preparando para ir à praia. Humpf!!! Saco!!! Olha a cúmulus nimbus voltando aí. Se eu fosse pequena, a minha mãe ia dizer que todo esse meu mau-humor é fruto de mau-olhado. Ela ia me levar logo para benzer!!!
Ai meu Deus, me dê um estágio de segunda à sexta, por favor!!!! Só assim para o meu mau-humor ir embora de vez.

* Cúmulus nimbus uma nuvem causadora de tempestades.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

AI QUE SAUDADE DA AURORA DA MINHA VIDA, DA MINHA INFÂNCIA QUERIDA QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS...


Faço minhas as palavras daquele gordo chato que apresenta um programa inútil aos domingos à tarde há décadas: “Recordar é viver”. Ô loco meu!!!

Hoje estava me recordando de coisas tão simples e tão gostosas... Logo que a minha mãe se divorciou, eu ela e meu irmão fomos morar no centro de São Bernardo. Em um kitchenete (acho que é essa a grafia). Só nós três. Era um cômodo minúsculo que se dividia em quarto e sala, um banheirinho, uma lavanderia e uma cozinha que pareciam mais pertencer a uma casa de bonecas. Mas fomos tão felizes naquele apartamento... Eu e meu irmão dormíamos em um beliche e a minha mãe no sofá-cama, mas era tudo tão lindo, tão perfeito... Ai que saudade... Acho que o pouco espaço contribuía para que fossemos mais próximos. Tanto física quanto emocionalmente.

Me lembro como se fosse um filme. A minha mãe nos acordava aos sábados ao som de The Beatles. É lógico que ela não perdia a oportunidade de me dar um belo de um susto. Imagine só acordar com um HELP! Beeeeeeeem alto. Nossa, meu coração faltava sair pela boca! O meu irmão sempre estava assistindo. Ele não era preguiçoso como eu e acordava logo na primeira chamada. O susto sobrava para quem demorava mais para levantar. Refeita do susto, era hora de arrumar a casa, o que, aliás, era bem fácil, porque não cabia muita bagunça ali.

Casa arrumada, banho tomado, roupa nova. Íamos para o Best Shopping a bordo da boa e velha brasília bege. Sim, eu sou da época em que esse era o shopping mais agitado de São Bernardo e ainda se viam nas ruas carros como a brasília em bom estado, como a da minha mãe.

Havia um roteiro a ser cumprido. Assistíamos algum filme, comíamos um super-dog, depois ganhávamos algum presentinho. Uma blusinha ou um tênis mais baratinho, afinal, não dava para comprar tênis caro todos os finais de semana.

Mas sabe que nós nem éramos incentivados a dar tanto valor à essas coisas? Ganhávamos um Lê Cheval ou um M2000 (que eram os tênis da moda) e durante um ano os usávamos. E só nas ocasiões de gala! Para os eventos comuns do dia-a-dia tínhamos os mais velhos.

Chegávamos em casa felizes por termos passado a tarde juntos. Se o programa fosse ir até a casa de algum parente a satisfação era a mesma. Sempre voltávamos contentes.
Me lembro também que a minha mãe colocava o som “no talo” e nós dançávamos na sala, eu ela e meu irmão. Eventualmente uma vizinha e os seus filhos eram contagiados com a energia e acabava cabendo todo mundo naquela salinha. Todos dançavam ao som da jovem-guarda, felizes.

A felicidade já foi fácil...

Eu sou feliz hoje, mas sou saudosista. Alguma coisa me diz que a felicidade já foi mais simples. E olha que o tempo verbal passado não é o meu preferido, hein...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

PEQUENO, MAS SINCERO


Bizarro! Você liga a televisão ao meio-dia e aparece aquela mulata (belíssima, por sinal) sambando com os peitos e mais alguma coisa “de fora” com aquele gingle mais do que manjado “...na tela da TV no meio desse povo...” Putz, já é carnaval.

Um dia desses, eu e minha mãe estávamos conversando sobre corpos e plásticas, assunto bem pertinente ao carnaval dos últimos anos. Para a minha surpresa, a minha progenitora me disse que eu deveria colocar silicone para não ficar muito fora da moda. Como diária a Vera Verão: ÊÊÊÊÊÊÊÊPAAAAA!!!!!

Que eu não tenho peito eu sei, mas também não quero apelar para plástica. Em primeiro lugar, ter seios pequenos não é um defeito, e sim uma característica. Porque a mídia insiste em taxar certas características como defeitos?

Olha só, vamos analisar devagar. Quem nunca viu a sessão de certo e errado naquelas revistas femininas? Você já leu o critico de moda elogiando uma garota que tenha pernas grossas e quadris largos como, aliás, é uma característica linda e feminina que poucas mulheres, além das brasileiras possuem?Eu não sei o que acontece. Na moda as meninas têm, por obrigação, que ser magrinhas. Isso porque as roupas que os estilistas produzem serão vestidas por qualquer uma das modelos e se todas são magras a chance de não servir é bem reduzida. É claro que esse padrão deve ser mantido, mais pela facilidade que ele proporciona aos profissionais do que por qualquer outra coisa.

Mas espere aí, eu não sou modelo, e sinceramente gosto do meu corpo. Eu adoro ter cintura fina, perna grossa e bumbum grande. Sim, au assumo que gostaria de ter seios fartos saltando do decote, mas não vou aderir à moda, e não vou entrar na faca por isso!

Pequeno, mais sincero!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

UM DIA EU AINDA ME ACHO, DE ALGUMA FORMA, EM ALGUM LUGAR.


Humpf! Será que essa onomatopéia estranha traduz toda a insatisfação que sinto com a minha vida? Motivos, sinceramente eu não tenho. Moro relativamente bem, tenho uma família ótima ... ai, ai, ai, lá vem ladainha de novo (já falei sobre isso em algum post) ... Mas eu não me acho! Estou insatisfeita com a minha vida. Está tudo muito parado, e quer saber? Sim, eu comparo a minha vida com a de outras pessoas. Quase sempre a vida alheia parece ser bem mais interessante do que a minha. Eu não falo das vida da Sharon Stone ou da Madonna, são pessoas próximas mesmo, que já trabalham na área, namoram, e ainda por cima tem na ponta da língua os planos para o futuro, que geralmente incluem uma vida cheia de rotina e estável. Esta parece ser a opção mais acertada. O problema é: Eu não quero levar essa vida, então a minha vida deveria estar mudando agora, não? Qual o motivo desse marasmo todo?
O que me deixa mega angustiada é ter que esperar. Isso me mata! Não saber o que vai acontecer e não assistir nada acontecendo agora é no mínimo trash. Ai, que vidinha chata que eu estou levando... Humpf!

domingo, 11 de fevereiro de 2007

MASTURBAÇÃO, SIM OU NÃO?



Mais uma conversa entre amigas que rende um post. Há umas duas semanas eu e mais três amigas perdíamos o nosso precioso horário de almoço para discutir, ou melhor, malhar os homens. Não sei como o tema do papo foi direcionado para outro assunto ‘masturbação’.

Estranhei a minha reação. Fiquei quietinha, só esperando alguém se declarar “praticante do esporte”. Eu pensei que pudesse ser mal-interpretada caso eu confessasse que eu me divertia sozinha. E pasme, eu estava certa.

Alguns segundos depois uma das minhas amigas (sempre uma amiga me desaponta) disse que aos homens é permitida a prática, mas as mulheres não precisam. QUÊÊÊÊÊÊÊÊ??????

Eu, que já havia enchido os pulmões para dar a minha declaração de independência e auto-suficiência sexual, tive que fingir que estava suspirando, e não me preparando para falar.

Mais uma vez me decepcionei comigo. Por que eu não contestei e disse que na verdade, vontade de fazer sexo todos nós temos? Por que eu não disse que não há nada de errado em se masturbar sendo mulher ou homem? Por que eu não disse que nós temos sim o direito de nos ‘divertirmos sozinhas’ e que muitas vezes o sexo solitário é melhor (sim, isso acontece) do que a dois? Que droga!

Perdi mais uma chance de convencer uma mulher de que somos sim iguais aos homens, inclusive nas necessidades fisiológicas (desculpa predileta masculina para justificar traições).

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

HOUVE UM TEMPO EM QUE EU PROMETÍ ME DISCIPLINAR, PORÉM...


Essa é a minha segunda tentativa de manter um blog. Na primeira eu desanimei. A obrigação de escrever todos os dias tornou-se pesarosa para mim depois da terceira postagem. Como em tudo na vida, eu me desanimei rápido, passada a novidade. Mas agora vai ser diferente, porque a necessidade fala mais alto. Estou longe da terapia há quase um ano e alguém vai ter que saber dos meus desabafos, quem mandou começar a ler?

Para começar a minha primeira postagem será a letra da música Alma Matters do Morrissey. Espero que você manje um pouco de inglês. Há músicas que falam por mim, e essa em especial é a minha cara.

Depois, se tiver paciência, dê uma lidinha em alguns textos que eu havia escrito no outro blog, e por favor, comente!!!

So : the choice I have made

May seem strange to you

But who asked you, anyway ?

It's my life to wreck My own way

You see : to someone, somewhere, oh yeah ...

Alma matters In mind, body and soul In part, and in hole

Because to someone, somewhere, oh yeah ...

Alma matters In mind, body and soul In part, and in hole

So the life I have made

May seem wrong to you

But, I've never been surer

It's my life to ruin My own way

You see : to someone, somewhere, oh yeah ...

Alma matters In mind, body and soul In part, and in hole

Because to someone, somewhere, oh yeah ...

Alma matters In mind, body and soul In part, and in hole

To someone, somewhere, oh yeah ...

Alma matters In mind, body and soul Part, and in hole

So to someone, somewhere, oh yeah ...

Alma matters In mind, body and soul Part, and in hole

To someone, somewhere, oh yeah ... Oh yeah ... Oh yeah, oh yeah Oh yeah ...