domingo, 13 de setembro de 2009

A QUAL CASTA VOCÊ PERTENCIA NOS ANOS 80?





Quando eu e meu irmão éramos pequenos e gostávamos muito de um som tínhamos que esperar passar a música no rádio para gravar. Mas não era nada simples... A fita devia estar exatamente no ponto onde a gravação iria começar e para não “comer” muito o início da música, era recomendável deixar o play e o Rec pressionados juntamente com o pause, aí, quando a música começasse era só soltar o pause para gravar o som. 


Esse método era um verdadeiro desafio. Tínhamos que prestar muita atenção ao rádio e conhecer bem as músicas, além de exercer o atletismo em sua plenitude. Aos primeiros acordes você tinha que correr, saltar sofás e mesas de centro para chegar até o aparelho de som e soltar a famigerada tecla pause, e mesmo assim você perdia o começo da música. Mas quem ligava? Era uma conquista conseguir gravar o seu som preferido da rádio. Chato mesmo era o locutor que teimava em soltar a vinheta da rádio bem pertinho do refrão da música. Isso ‘miava’ a fita que tocaria na festa da garagem com o portão coberto com lona. E disso, você lembra? Tô velha mesmo hein? Aff..


Isso se repetia na gravação dos videoclipes. Sim, na ausência do computador nós gravávamos os videoclipes em fitas que cabiam duas horas de vídeo. Nessa época já havia mais fontes, o Clip Trip, comandado pelo Beto Rivera era a maior delas, já que a MTV engatinhava e era privilégio para os poucos brasileiros que tinham televisores em modelos novos que somente conectados ao vídeo cassete faziam o canal ‘pegar’. 


A mecânica era a mesma, mas a dinâmica era um pouco diferente. A fita ficava lá esperando por enquanto nós tentávamos adivinhar qual era a ordem dos 10 clipes mais votados da semana e torcendo para o nosso não ser o primeiro lugar. Nesse caso ser o primeiro colocado significava merda, porque além de ficar por último no programa terminava sempre com os letreiros subindo. Dava raiva... Bons tempos esses.


Mas as coisas ficavam um pouco mais fáceis se você tinha maior poder aquisitivo, porque aí você comprava os discos de vinil ou uma fita K7 ou então os seus pais compravam um aparelho de som com duplo deck _ para quem não é filho dos anos 80, esse é o aparelho com duas entradas para fita K7_ e você gravada de um amigo.


Houve um tempo em que a população se dividia em duas castas: a composta pelos donos de um aparelho de som com duplo deck e um vídeo cassete com quatro cabeças (até hoje não sei a diferença do de 4 com o de duas ...) e os donos 'do som' com um toca fitas e um vídeo cassete de duas cabeças.  Eu pertencia à segunda.



6 comentários:

shirlei jesus limolene disse...

Ois DEz! por ondavam seus post??? e cadê seus comentários no meu blog.. super inspirado por vc!! kkkkkk adoro vc to morrendo de saudade!
Eu posso dizer que minha familia estava numa boa condição nesse epóca e eramos da primeira casta tinhamos duplo deck (comprado pelo primeiro salário de minha mãe como professora do estado) e video cassete comprado pelo meu pai na ferinha do paraguay la da mercedes!! kkkkk além de comprarmos as fitas "piratas" que vendiam lá no mesmo camelô.. toda miha coleção da xuxa é pirateada!! hahahah

bjinhus

Zezão disse...

Muito bom o post, mas seguindo a linha do @hasegava não conto em qual casta eu me enquadrava...rs

Beijos!

Huguinho disse...

Meu, loco este post!!! Vivenciei tudo isto também, mas no começo dos anos 90!!! Nem lembrava do Clip Trip.
Eu tinha uma gavetas de fitas cassetes e hoje,eu tenho coleção de discos de vinil. Muitos eu herdei do meu pai, outros são os que eu não podia comprar naquela época e outros antes de eu nascer. Pirei tanto nesta coleção que já comprei e compro discos no preço de alguns cds (o mais caro que paguei foi R$ 18,00).

uzzum disse...

Então eu era "Dalit" por que não tinha video cassete algum e tinha duas televisores tipo "caixote" preto e branco sendo que um era a "válvulas" tinha que ligar 10minutos antes do programa começar para as vávulas esquentarem e a imagem aparecer. hahahahaha!

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny

Anônimo disse...

WELL !