Você mulher, que já passou em frente a uma obra e ouviu gracejos que te deixaram vermelha e sem saber onde esconder a cara, esse post é feito em sua homenagem. Mas é bom os rapazes lerem para tirarem a dúvida. Vai que aquela sua cantada infalível não é uma das odiadas por nós, mulheres?
Ontem eu me lembrei de um assunto que rende post, aliás, rende vários...
Cantadas. Ah, as cantadas! Elas que deveriam fazer nosso ego se inflar, mas por conta da imperícia e da falta de sensibilidade masculina, se transformam em constrangimento na hora, e em piada depois.
Vamos facilitar a identificação dos tipos de homens e de cantadas:
Há as cantadas que tentam ser delicadas e acabam sendo bregas. Geralmente elas vêm daquele carinha que parou nos anos 80. Eu amei essa época, muitas das minhas bandas favoritas como Smiths, U2, Depeche Mode, entre outras, tiveram seu auge nessa época. Fora os musicais. Flash Dance é o meu preferido. Mas isso é assunto para outro post. Voltemos às cantadas.
Uma das mais clássicas é a do camarada perguntando se você está machucada, assim, do nada. Logo depois de você olhar para todo o seu corpo se certificando de está tudo bem, e dizer isso a ele, o patrício exclama: “Como um anjo cai do céu e não se machuca?”
Ai meu Deus!
Há também a dos tiozões. Nada contra homens mais velhos. Alias, eu adoro uma naftalina...
Você está com as suas amigas dançando e ele no bar começa a te olhar de canto de olho. Ele oferece a segunda dose de whisky (agora mais animadinho) de lá do bar mesmo, estendendo o braço com o copo na mão, dando uma piscadinha e mandando um beijinho, lá de longe, para você receber e todo o bar ver. Mais tarde, na pista de dança e já com o terceiro copo na mão, ele se encoraja vai até você, que se esquiva. Ele some. Depois de uma hora você nota um movimento estranho na pista, e quando vê, lá está o samaritano, dançando uns passos combinados de Night Feever, Elvis Presley e Michael Jackson. Isso tudo no meio da sua roda de amigas e achando que é rei! Terrível.
Há também aqueles indivíduos que se confundem com espíritos. Eles falam obscenidades ao seu ouvido, bem baixinho, assim só você ouve. E com o espanto vindo dos seus gracejos, e a discrição do que ele faria se estivesse sozinho com você, sua expressão facial vai mudando, de acordo com a intensidade das besteiras ouvidas. As pessoas em volta pensam que você está sendo obsediada por um espírito ou coisa assim. Ah, se elas soubessem o que te vai aos ouvidos...
Há ainda as infantis: “Eu nunca vi boneca que anda, essa anda e fala” essa é infantil me é uma graça!!!
Mas as piores são as ouvidas nas obras e construções. Geralmente não são cantadas, e sim expressões que traduzem os desejos dos trabalhadores da construção civil “Buce...da! ou então, "Descascava e chupava inteirinha...!”. E popr fim, a mais leve de todas que se pode ouvir naquele lugar: " Oi princesa!” Putz, é ou não para ficar com vergonha?
Eu já ia me esquecendo, há aqueles que fazem uso da expressão facial para cantar. Geralmente caminhoneiros e trabalhadores braçais. Não me pergunte por quê. Eu só observo. Eles olham, cerram os olhos, como se estivesse batendo muito sol em seus rostos e fazem um beicinho que seria o ensejo do que um beijo, e começam a balbuciar. Tudo isso ao mesmo tempo e ainda dão umas quebradinhas de pescoço na direção de outro lugar, como se quisessem te convidar para uma aventura fora daquele lugar. Esses homens geralmente fazem essas cantadas quando você está com a sua mãe ou pessoa mais velha. É uma cantada silenciosa, não chama atenção. Estratégica.
Mas uma coisa é certa. Se a pessoa a qual eu sou apaixonada viesse com qualquer uma dessas cantadas eu acho que iria rever os meus conceitos. Será que eu sou preconceituosa?