quinta-feira, 13 de novembro de 2008


MINHA PRIMEIRA VIAGEM A TRABALHO

 

Semana passada eu vivenciei um momento bem bacana, foi a minha primeira viagem a trabalho. Eu fui representar a empresa em uma ação voluntária que reforma escolas públicas nas áreas rurais do estado da Paraíba. O objetivo é promover o voluntariado entre os funcionários da empresa, pais, professores e poder público local. 

As escolas passam por reformas nas suas redes de água, esgoto e energia elétrica que é feita por empreiteira que vende o material utilizado e doa a mão de obra.

A empresa onde trabalh é quem promove esse trabalho. O que é fogo é que a empresa abate esses gastos no imposto de renda, mas é melhor do que não fazer nada, né?

Eu estou na área do jornalismo social porque sempre imaginei que a minha profissão deveria ajudar alguém de alguma forma, mas e às vezes ainda fico cabreira com essa forma de agir das empresas, e das pessoas que ajudam para ser ajudadas. Sei lá... Mas eu ainda vou para a África trabalhar com as comunidades locais, talvez na FAU. Quem sabe?(vá ser indecisa assim na China, né?)

           

A VIDA AQUI SÓ É RUIM, QUANDO NÃO CHOVE NO CHÃO, MAS SE CHOVER DÁ DE TUDO FARTURA TEM DE PORÇÃO...

 
O fato é que essas viagens nos tornam maiores e melhores. A escola que fui ajudar fica no 
Cariri Paraibano* onde eu pude assistir cenas que só via na televisão. Mulheres carregado água na cabeça, cabras e bodes nas ruas, casas de pau a pique, água de cisterna. É outro mundo dentro do nosso Brasil, esse país de dimensões continentais e de tantas diversidades...


É legal o desafio ao qual você se propõe. O almoço foi feito pelas próprias pessoas, em uma cozinha na qual eu não comeria se fosse em São Paulo , a salada lavada com a água turva retirada com balde dos poços (essa eu não tive coragem), mas tudo feito com tanto carinho para as visitantes que não dava para não comer. Fechei os olhos e mandei ver!!! Estou aqui até agora contando a história.


Outro episódio foi a ida ao banheiro. Nunca pensei que um simples xixizinho pudesse dar tanto trabalho... A cidade não tinha água e havia várias pessoas na escola. Imagine o estado do banheiro... Foi aí então que conheci a dona Pretinha. Eu pedi a ela para usar o seu banheiro, e ela, sem a menor cerimônia, me deixou entrar na sua casa, invadir a sua privacidade. Usei o banheiro, e como dita a regra de boa educação o deixei limpo, jogando um balde d’água. Não sabe como? Com a pressão da água do balde jogada do alto a água que está no vaso sai de lá dando lugar para a água nova. A dona pretinha ainda e ofereceu uma jarra de água para lavar o rosto, o que foi muito bem vindo porque estava um sol de + ou – 35 graus (isso mesmo), e as várias camadas de protetor solar fator 60 estavam ficando meio duras, porque se misturavam à terra vermelha que levantava quando raramente ventava.

Terminado o mutirão, todos estavam cansados, mas a alma estava leve. É muito legal ajudar. Só em ver a carinha das crianças vendo as salas de aula que eram velhas, sujas e cinza todasreformadas, coloridas e limpas não tem preço! Amei a experiência. Jornalismo social é de verdade uma área bem legal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Puuuxaaa, que emocionante!!! Uma boa experiência. Legal quando a profissão nos coloca diante de situações como esta (na minha opinião), pois além do aprendizado profissional, tem o social e coisas que vc leva para sempre.