Sabadão de sol, mini-saia, mochila nas costas e sandália nos pés. Lá vou eu de ônibus para o Centro Cultural Banco do Brasil. Antes de ir dei uma ‘zapeada’ no site e descobri que havia uma peça em cartaz “Ariano”. Pensei: Por que não?
Chegando lá comprei o ingresso da peça e fui apreciar a exposição. Como cheguei atrasada acabei perdendo a monitora, mas fui seguindo um grupo aqui e outro ali e assisti a quase todas as explicações, e o que é melhor, vindas de fontes diferentes.
Entrei no teatro e me espantei com a proximidade de minha cadeira do palco. Geralmente eu fico lá pela segunda ou terceira fileira, mas como não havia lugar…
O cenário da peça reproduz o sertão nordestino. A iluminação usa a luz vermelha para ressaltar a intensidade do clima e levar aos espectadores a sensação do calor que faz agreste. Cercas feitas de madeira e degraus se espalham estratégicamente no palco, garantindo mobilidade aos atores e atrizes, que aliás, deram um show.
Uma hora e meia de poesia, canto, violão, percussão, lenda, magia, textos maravilhosos, regionalismos e encantamento total. E eu estava tão perto dos atores que quando eles gritavam eu podia ver as gotículas de saliva saindo de suas bocas. Como eu já disse, eu admiro tanto essas pessoas que se dão e se expõem em nome da arte…Eu fiquei realmente muito emocionada.
Na peça, Suassuna vive um sonho em que várias de suas criações aparecem. Ariano deseja retornar a sua terra e conta com a ajuda de alguns de seus personagens para isso. A peça mistura sonho e realidade. Algumas informações podem ser encontradas na biografia do autor e outras em seus livros.
Quando o espetáculo terminou, eu desejei que ele continuasse por pelo menos mais duas horas. “Ariano” é uma peça lindíssima do começo ao fim e merece ser prestigiada. Se puder, não perca tempo, vai lá!
Metrô, ônibus e casa.
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