Ontem seria um dia atípico para qualquer pessoa, mas o que é anormal para outros é cotidiano para mim.
“Todo o dia ela faz tudo sempre igual...” peguei o mesmo ‘bat’ ônibus, no mesmo ‘bat’ horário porém, não era o mesmo ‘bat’ motorista. Até aí tudo bem. Sentei, li uns cinco minutos e capotei, como de costume. Uma hora depois fui acordada pelo meu subconsciente que me avisa a hora em que eu tenho que descer do ônibus.
O motorista não sabia onde era e passou do ponto, mas sem problemas. Ele parou no meio do passeio público e me pediu para ir ‘encostadinha’, com cuidado, afinal a calçada estava há uns dez passos de mim. Obedeci, que remédio? O meu bom-humor não me permite brigar logo de manhã.
Cheguei sã e salva na calçada, mas quando me aproximava do ponto de ônibus eu senti um empurrão forte por trás vindo de uma coisa dura (humm). Mas acredite, não foi agradável. Depois de ter me empurrado por uns quatro passos beeem largos, o empurrão cessou e então eu pude ver o que era a coisa dura, que me empurrara daquela forma. Me assustei com o que vi. Era um ônibus. Sim, eu fui atropelada por um ônibus, e na calçada. Quantas pessoas você conhece que foram atropeladas por um ônibus na calçada e sobreviveram para contar a história?
Fiquei tão pasma que nem peguei a placa. Burra! Bem, mas como eu não me machuquei, continuei com o meu bom humor. Peguei o ônibus lotado, conferi a previsão do tempo e vi o horóscopo do dia na bustv,. Chegada a Faria Lima, desci no ponto habitual.
Cheguei no local onde cumpro o meu nobre estágio (sou estagiária de uma das maiores ONGs do Brasil. Óóóóóóóh! rsrsrsr) e cumpri a minha rotininha de sempre. Saí exatamente na hora que está no meu contrato, como eu quase nunca faço, aliás. Havia um propósito na pontualidade: tirar fotos.
Eu, juntamente ao meu grupo, tenho que entregar uma revista, e para mim sobrou a tarefa bacanérrima de fazer as fotos. ADOOOORO! O tema que eu sugeri colou. As faces de Sampa. A idéia é fotografar as pessoas que dão cara a capital.
Assim que cheguei no viaduto do Chá, tive uma grata, mas decepcionante surpresa. Um cantor chamado Toninho Nascimento, que inclusive já foi ao Raul Gil (sei que não é critério para avaliação de qualidade, mas...), e que é fera mesmo estava fazendo show na rua. Não por nada. Eu não sei em outros países, mas fazer show na rua aqui, em “Terra Brasilis” é sinônimo de falta de reconhecimento total.
Tirei as minhas fotos, troquei meia dúzia de palavras e fui fotografando e conversando com alguns personagens que julgava interessantes. Entre eles uma artesã chamada Sueli que sustenta três pessoas, entre elas a mãe que sofre de mal de Parkinson, vendendo as bonequinhas e o Pablo Seguro, que já trabalhou em lojas e restaurantes e agora vende seus quadros na rua, tirando o seu sustento da satisfação de sua alma.
A última entrevistada foi a mãe Taty , aposentada, cartomante, mãe de santo, ilê axé de oba (ela disse que é tudo isso), que me extorquiu cobrando R$ 2,00 para que fosse fotografada, mas como diria a garota da propaganda:
“tudo bem.”
Escapei de um dilúvio por minutos, e ganhei uma sauna. Ônibus lotado quando chove é foda! Todas as janelas fechadas, o povo só falta vedar tudo. Vi uma cena no mínimo estranha. Uma garota estava totalmente encharcada e despenteada, zuada mesmo, tirou o gloss da bolsa e passou, como se estivesse complementando um visual chiquérrimo. Vai entender...
Cheguei em casa faminta, cansada, fedida e com menos uma vida. Lois Ane sobrevivente em Sampa.
“Todo o dia ela faz tudo sempre igual...” peguei o mesmo ‘bat’ ônibus, no mesmo ‘bat’ horário porém, não era o mesmo ‘bat’ motorista. Até aí tudo bem. Sentei, li uns cinco minutos e capotei, como de costume. Uma hora depois fui acordada pelo meu subconsciente que me avisa a hora em que eu tenho que descer do ônibus.
O motorista não sabia onde era e passou do ponto, mas sem problemas. Ele parou no meio do passeio público e me pediu para ir ‘encostadinha’, com cuidado, afinal a calçada estava há uns dez passos de mim. Obedeci, que remédio? O meu bom-humor não me permite brigar logo de manhã.
Cheguei sã e salva na calçada, mas quando me aproximava do ponto de ônibus eu senti um empurrão forte por trás vindo de uma coisa dura (humm). Mas acredite, não foi agradável. Depois de ter me empurrado por uns quatro passos beeem largos, o empurrão cessou e então eu pude ver o que era a coisa dura, que me empurrara daquela forma. Me assustei com o que vi. Era um ônibus. Sim, eu fui atropelada por um ônibus, e na calçada. Quantas pessoas você conhece que foram atropeladas por um ônibus na calçada e sobreviveram para contar a história?
Fiquei tão pasma que nem peguei a placa. Burra! Bem, mas como eu não me machuquei, continuei com o meu bom humor. Peguei o ônibus lotado, conferi a previsão do tempo e vi o horóscopo do dia na bustv,. Chegada a Faria Lima, desci no ponto habitual.
Cheguei no local onde cumpro o meu nobre estágio (sou estagiária de uma das maiores ONGs do Brasil. Óóóóóóóh! rsrsrsr) e cumpri a minha rotininha de sempre. Saí exatamente na hora que está no meu contrato, como eu quase nunca faço, aliás. Havia um propósito na pontualidade: tirar fotos.
Eu, juntamente ao meu grupo, tenho que entregar uma revista, e para mim sobrou a tarefa bacanérrima de fazer as fotos. ADOOOORO! O tema que eu sugeri colou. As faces de Sampa. A idéia é fotografar as pessoas que dão cara a capital.
Assim que cheguei no viaduto do Chá, tive uma grata, mas decepcionante surpresa. Um cantor chamado Toninho Nascimento, que inclusive já foi ao Raul Gil (sei que não é critério para avaliação de qualidade, mas...), e que é fera mesmo estava fazendo show na rua. Não por nada. Eu não sei em outros países, mas fazer show na rua aqui, em “Terra Brasilis” é sinônimo de falta de reconhecimento total.
Tirei as minhas fotos, troquei meia dúzia de palavras e fui fotografando e conversando com alguns personagens que julgava interessantes. Entre eles uma artesã chamada Sueli que sustenta três pessoas, entre elas a mãe que sofre de mal de Parkinson, vendendo as bonequinhas e o Pablo Seguro, que já trabalhou em lojas e restaurantes e agora vende seus quadros na rua, tirando o seu sustento da satisfação de sua alma.
A última entrevistada foi a mãe Taty , aposentada, cartomante, mãe de santo, ilê axé de oba (ela disse que é tudo isso), que me extorquiu cobrando R$ 2,00 para que fosse fotografada, mas como diria a garota da propaganda:
“tudo bem.”
Escapei de um dilúvio por minutos, e ganhei uma sauna. Ônibus lotado quando chove é foda! Todas as janelas fechadas, o povo só falta vedar tudo. Vi uma cena no mínimo estranha. Uma garota estava totalmente encharcada e despenteada, zuada mesmo, tirou o gloss da bolsa e passou, como se estivesse complementando um visual chiquérrimo. Vai entender...
Cheguei em casa faminta, cansada, fedida e com menos uma vida. Lois Ane sobrevivente em Sampa.
Ah, por falar em sete vidas, e coisa e tal, assita esse vídeo do Gram, é muito legal! E no link lá de cima você assiste ao video de cotidiano, do Chico.
4 comentários:
huahuahuahua
Denise, eu me retroço de rir com seus textos...
SP é uma caixinha de surpresas mesmo. E o trânsito é um teste de paciência com certeza... Que bom q o busao só te empurrou, vc ñ se machucou?
beijos
É impressionante como tudo pode acontecer em um dia só.
Atropelamento foi demais.
Só que nada superou o tapa no visual com o gloss...
bjoo
quase um mês sem nada novo aqui, hein?
bjooo
Olá Denise,
Olha eu por aqui.
Não sei se você se lembra de mim, mas participamos juntas de um processo seletivo da ITMìdia, lembra-se? Pois então..
Passei aqui pra conhecer seu cantinho e quase morri de rir...
Continue na sua peregrinação nesta cidade maravilhosa e caótica pois passasei por aqui sempre que der.
NOs falamos
Abçs.
Camila Guesa
apenas_eu_007@hotmail.com
11 7368-5832
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